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n. 27

Publicado em 01/02/2016

Descrição da edição

Nas últimas semanas, aprofundou-se a crise econômica ao redor do mundo. Restrita aos Estados Unidos da América no princípio, terminou por alcançar todas as economias nacionais em decorrência da globalização e da mundialização do capital, com destaque para a Europa e Ásia.

Alguns países sucumbiram, outros ainda teimam em resistir. A resistência, contudo, guarda relação direta com a dependência externa em relação aos países mais atingidos pela crise. Contudo, uma constatação se faz imperiosa: não mais subsistem modelos imunes à globalização, onde o desenvolvimento ocorre de forma sustentável, com garantia da empregabilidade.

De todo modo, foi colocado em cheque o neoliberalismo, adotado até então como receita infalível para o crescimento. Também ficam questionados os mecanismos utilizados para sua implementação: desestatização, baixa regulação no mundo do trabalho, precarização da mão-de-obra.

De há muito os operadores do mundo do trabalho insurgem-se contra a precarização e a desregulamentação do trabalho. Sem perspectivas duradouras, forma-se o ciclo vicioso. O empregado sem expectativa de ascensão funcional e treinamento; o empregador sem interesse em investir na mão-de-obra, normalmente desqualificada para a função.

Recentemente, foi aprovado na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei n. 4.302/98, que amplia as hipóteses de trabalho temporário — inclusive para o meio rural — e regulamenta a terceirização para atividades essenciais à empresa.

Diferente agora o cenário econômico nacional, pois concebido o Projeto de Lei quando ainda vigente a ideia de que a horizontalização da atividade produtiva produzia uma economia forte, sempre se manifestou a Anamatra no passado e o faz também nos dias atuais, contra a sua aprovação, por entender guardar intrínseca relação com os fenômenos da informalidade e da precarização do trabalho.

Urge, portanto, o aprofundamento pela sociedade civil, pelos trabalhadores, pelos parlamentares brasileiros da discussão sobre tais fenômenos — informalidade, desregulamentação, precarização — para que se busque construir um país econômica e socialmente sustentável. A Anamatra vem fazendo a sua parte!

Comissão Editorial

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